quinta-feira, 29 de maio de 2008

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SE BEBER NÃO DIRIJA


Esta é a visão de quem dirije alcoolizado
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CIDADES COM NOMES INDÍGENAS



Antes de 1500, a nação deste nosso continente que mais se comunicava em número de pessoas e em extensão territorial era a tupi-guarani. Só ela ocupava a larga faixa do litoral atlântico, desde o Maranhão ao Rio Grande do Sul, para falar apenas de nossas fronteiras.
A língua nativa, oficializada pelo uso, até fins do século XVII, era a tupi. A fala importada do colonizador como a dos visitantes, tinha ficado reduzida aos documentos oficiais e aos livros administrativos civis e eclesiásticos.
O idioma tupi, também conhecido por língua geral, composto e interligado por dialetos tribais diversos (tupiniquim, tupinambá, tupinaé, tabajara, etc.) formava um único linguajar autóctone, de norte a sul da colônia portuguesa. Era falado por todos, nas casas e nas ruas, nas escolas e nas igrejas. Usavam-no o índio como o branco, o mulato e o negro recém-chegado. Foi chamado por eminentes gramáticos da época, "a língua mais falada na costa do Brasil", e classificado por doutos lingüistas (Anchieta, Figueira, Montoya) como "fácil, suave, elegante e copiosa". Era a língua geral, a língua do Brasil.
E ainda hoje o seria, não fora a intervenção da política prepotente, anti-religiosa e personalista do famigerado sr. Marquês de Pombal, a partir de 1759.
No linguajar de nosso povo, restam, hoje, apenas algumas expressões e palavras como, "andar panema"(sem sorte), "estar na pindaíba", "chorar as pitangas", e paçoca, pipoca, arapuca, peteca e poucas mais. Mas, viva, continua a língua brasílica na riqueza dos topônimos, como nos nomes de animais, aves e pássaros, particularmente de inúmeras cidades, para orgulho de seus cidadãos.
Por isso, como justa homenagem a seus queridos assinantes e leitores, a Revista Ave Maria, pelas comemorações dos 500 anos do descobrimento desta Terra de Vera Cruz, a YMYRAPYTÃ — árvore-brasil de todos nós, apresenta a etimologia e significado dos nomes tupis de algumas cidades onde provavel- mente residem, revivendo, assim, a língua-mãe, marco histórico de nossas origens.


ARACAJU (SE)
ará’cayú
ará: arara ou papagaio + acaju: caju, cajueiros das araras.
ARAÇATUBA(SP)
araçá’tyba
araçá: a fruta + tyba (tuba): muito. Muitos araçás, araçazeiros em quantidade.
ARAGUARI (MG)
ara’guá’ry
ará: arara, papagaio + guá: vale, enseada + r’y: rio, água. Rio do vale das araras ou rio da morada dos papagaios.
ARAPIRACA (AL)
ará’pir’aca
ará = mirá: madeira + pira: casca + áca: solta, frouxa: árvore de casca solta
ARAPONGAS (PR)
Nome em Tupi
uirá’ponga
SIGNIFICADO
uirá: pássaro, ave + pong’: soar, fazer ruído. Característica desse pássaro, também chamado ferreiro, pelo tinido do seu canto.
ITAJAÍ (SC)
itá’ya’y
itá: pedra + ya: muitas + y: rio. Rio pedregoso.
ITAJOBI (SP)
itá’ yiobi
itá: pedra + yobi: verde = pedra verde, esmeralda. Yobi: verde-azulado, azul.
ITAJUBÁ (MG)
itá’yuba
itá: pedra + yubá: amarela: ouro, metal amarelo. Mina de ouro.

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