segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A forma de falar a verdade


"Certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.
Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho.
"Que desgraça, senhor!", exclamou o sábio.
"Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!"
"Mas que insolente!", gritou o sultão.
"Como se atreve a dizer tal coisa?!"
Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas.

Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho.
O outro sábio chegou e disse:
"Senhor, uma grande felicidade vos está reservada!
O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes!"
A fisionomia do sultão se iluminou, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.
Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou ao sábio:
"Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega!!!
No entanto, ele levou chicotadas e você, moedas de ouro!"
Respondeu, então, o sábio:
"Lembre-se sempre, amigo, tudo depende da maneira de dizer as coisas..."

Esse é um dos desafios em nossos relacionamentos.
Desafio para as lideranças, para os educadores, para todos nós: a maneira de dizer as coisas, porque as palavras têm força, têm poder.
Elas podem gerar felicidade ou desgraça, moedas de ouro ou chicotadas, paz ou guerra.
A verdade deve ser dita, mas a forma como é feita pode fazer toda a diferença.
Que aprendamos a pronunciar palavras que elevam, que tocam no coração, que transformam e que possibilitam uma convivência melhor nas famílias, nos grupos de amigos e nas equipes de trabalho!