terça-feira, 28 de junho de 2011

A força de Deus é a alegria de seu povo




O apóstolo João com a cabeça apoiada no braço de Jesus, Tilman Riemenschneider, detalhe do altar da última ceia, Sankt-Jacob, Rothenburg ob der Tauber (Alemanha)
Agradeço-vos, Senhor, por me conceder a palavra num momento tão impressionante para a vida de todos estes nossos jovens amigos e para a resposta que o nosso coração, o coração de cada um de nós, sente ter de encontrar para doá-la numa grande retomada de fraternidade universal.
Talvez aprendamos também em nossa amizade a dar tempo e profundidade de experiência a nossa relação com a Bíblia, o livro que o Senhor quis estabelecer para ilustrar, para iluminar justamente aquilo que a própria Bíblia anima e esclarece.
ýo início do livro com o qual a Bíblia fala do profeta Abraão, que trouxe à tona a imensidão do drama religioso desse povo consagrado pela grandeza de Deus, nós nos daremos conta - percorrendo página por página, uma página após a outra, caminhando de palavra em palavra, de pensamento em pensamento -, nos daremos conta de tudo o que o Senhor pretendeu dizer ao homem, aos homens que O buscam, ao homem que se põe a ouvir Sua voz, ao drama do homem.
A questão é muito simples: Deus responde à necessidade que o homem tem provando o quanto sua experiência é motivada, engrandecida, o quanto se torna robusta e forte à medida em que esse homem segue, cada vez mais, a palavra de Deus. Tomei a liberdade de ýceitar falar a vocês para lhes indicar uma frase, um pensamento de que Deus faz uso para dizer ao homem, para contar ao homem tudo o que lhe interessa (a busca humana tem como “interesse” aquilo pelo qual vale a pena viver, do contrário seria inútil que o homem existisse, e especialmente inútil falar de Deus). Diz a Bíblia: “O homem busca a felicidade”.
“O homem busca a felicidade”, a realização de uma seriedade intensa e feliz. Com que método Deus “persegue” o homem, ou seja, cria seres na história, introduzindo-os no significado de tudo? Desde o momento em que o Senhor põe as mãos nas nossas costas e nos empurra para a frente, desde então não há mais nada na vida que possa substituir o dom de Deus.
Quem sabe não seria uma coisa boa se, com seus amigos sacerdotes ou com as pessoas maduras, mais adultas, vocês se empenhassem em esclarecer as palavras e as frases que são ditas, usadas por Deus? Por exemplo, vocês farão muito barulho, uma barulheira cada vez que tentarem inventar respostas para suas exigências; na verdade, descobrirão que essas respostas vêm exclusivamente quando a pessoa repousa a cabeça nos ombros de Cristo.
A força do homem concentra-se totalmente na busca de satisfação, de felicidade. Ora, Deus não só existe nesses sentimentos, mas nesses sentimentos está também a Sua resposta, a Sua presença, a Presença graças à qual a pessoa diz: “É isso!”.
A força do Senhor é a nossa alegria. A fórmula com a qual os antigos profetas hebreus concentraram a atenção de todos os seus seguidores, de seus conhecidos, reaparece, é restabelecida numa unidade de evidência, com a mesma força e a mesma clareza, quando padre Giorgio hoje mesmo lhes falava do nosso seguir a Cristo: seguir a Cristo! Pois, se é possível seguir a Cristo, inevitavelmente devemos fazê-lo.
“A força de Deus é a alegria de seu povo.” “A força de Deus é a força de seu povo.” São palavras que a totalidade da nossa vida é chamada a entender, a abraçar e a levar aonde quer que estejamos. Ajudemo-nos a carregar juntos, a permitir, juntos, que essa força de Deus opere, ela que é alegria para o homem: a força do Senhor é a alegria de seu povo.
(traduzido por Durval Cordas)


domingo, 26 de junho de 2011

Homem quando vítima . . . .


O homem vítima de si mesmo está intrinsecamente ligado à sua dependência. Ele se julga um receptor das ameaças externas como se não dependesse dele os estragos que ocorrem.É um eterno rezingueiro! Já o homem glória de si próprio, é um excelso indicador da generosidade humana. Sua transparência, seu comportamento, seu conceito como homem iluminado, habilitam-no com suporte para sua auto construção.Sua bem-aventurança é perfeita, é completa.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Investigando as origens do metrossexual



Ainda no madrugador ano de 1926, um circunspecto editorial do Chicago Tribune pôs na conta do galã Rodolfo Valentino (1995-1926) a culpa pela primeira onda de femenizaçao do homem na América.
Pura sacanagem dos jornalistas, óbvio, como nos relata o escriba H.L.Mencken n´O Livro dos Insultos (Cia das Letras).
Jornalismo marrom à parte, quem teria sido, cá na terra do mulato de inzonas tantas, o responsável pelas primeiras influências no amolecimento do macho brasileiro de raiz?
O Databoteco, instituto de pesquisas nocturnas deste cronista de costumes, despachou as suas mais gentis funcionárias para ouvir o distinto público nas boas casas do ramo.
O cantor Mário Reis (1907 -1981), rapaz de fino trato, teria sido o nosso primeiro homem célebre a influenciar a plebe rude nesse quesito, conforme o levantamento feito por nossas vestais e imparciais pesquisadoras.
Não que fosse construído à imagem e semelhança do Valentino de “Os quatro cavaleiros do apocalipse” ou de “O Sheik”, por exemplo.
Simplesmente por emprestar uma sensibilidade mínima ao então cenário de macheza absoluta.
O intérprete de “Carinhos da vovó” e “Deus nos livre do castigo das mulheres” era um moço cuidadoso com o visual, um dândi, sempre na estica e nos bons modos.
O mais lembrado é Mário Reis, sim senhor. A fila de possíveis pioneiros, todavia, nela incluídos héteros e homos semi-declarados, dobra quarteirões.
Castro Alves, rival do abolicionista Joaquim Nabuco nessa peleja, tem destaque na galeria, como lembra a amiga Bia Abramo ao cronista. Beirava o janota, é o que diz o seu biógrafo Alberto da Costa e Silva.
Ai vemos também na fila o João do Rio, o Cauby Peixoto, a Carmem Miranda –praticamente inventora do travestismo no país-, o boleiro Heleno de Freitas, que de tão preocupado com o visual chegava a jogar futebol com um pente no bolso, e tantos outros gamenhos do meu Brasil varonil, como diz o Zé Bonitinho, este o mais radical e testosteronizado dos nossos ídolos televisivos do gênero.
É, mas que me perdoem as gostosas do Databoteco, que me desculpe também dom Mário Reis, onde estiver, tenho que registrar minha embriagada opinião: o homem mais elegante da música brasileira, sem frescura, claro, é o nosso Ronnie Von, O Príncipe, aviador e enólogo sem arrotar o bouquet da arrogância desnecessária.
Para completar, Ronnie é o último cavalheiro em meio à bagaceirice televisa, falando para a fofolândia com devoção e delicadeza. O nome do programa diz tudo “Todo seu” (Tv Gazeta).
Sou fã e recomendo. Vale como um Flaubert para esses moços, pobres moços, que tratam as gazelas como se fossem “manos” com quem acabaram de cruzar na esquina.

Chico Sá – jornalista – escritor



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Pai, começa o começo!



Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!". Ele não só "começará o começo", mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".

Autor Desconhecido





segunda-feira, 20 de junho de 2011

O abraço

recado para orkut


Não podemos brincar com a propositura de um abraço.
Assim como as mãos, a intenção de fazê-lo é dignificante, tamanho respeito.
Muitas vezes abraçamos quase que espontaneamente, mas quando direcionado e carregado de afetuosidade, ele fala todas as línguas.
Um abraço carinhoso abre as portas para uma grande amizade, aproxima gerações, transmite solidariedade, aquece corações solitários.





sábado, 18 de junho de 2011

Determinação




Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem,trabalha, mas, para obter um resultado diferente da maioria das pessoas, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores, pois...
Quem quer fazer alguma coisa, arranja um MEIO...
Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa!


Roberto Shinyashiki


Cidissima

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Decência












Que bom seria se mais de dois terços da humanidade vivessem com dignidade, perseverança, altruísmo, generosidade, fé e serenidade!
Seria uma inversão feliz. Fração correspondente.
A definição acima é crível.
Uma verdade cruel, doída, desumana, implacável!
Infelizmente, ser leal, bom, desapegado, não combinam com o pensamento atual.
As pessoas manipulam, impõem, exigem que a honestidade e o bom senso sejam extintos.
Muitas vezes, os deficientes visuais e auditivos, ao longo de sua vida, desenvolvem outras habilidades para torná-los cidadãos equivalentes aos normais.
Este texto cita um planeta onde seus moradores são perfeitos fisicamente. Ao mesmo tempo eles deixam de sê-lo por conta de propostas desleais, sub-humanas, interesseiras.
E é por tudo isso que os moradores não enxergam a verdade e não escutam a voz do amor.




Cidissima

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Desinteresse até que . . . . . . .


O desinteresse do homem é vital à sua saúde, seja físico, psicológico, social ou espiritual, desde que ele não o infrinja.
O desprendimento de um ser é sua negação diante das algemas que, mimeticamente, prendem e transformam-no em cartões de troca.
O homem quando adulterado pela arrogância e pela sua vaidade, tem seu prazo de validade.
À qualquer momento poderá sucumbir nas veredas do ostracismo.
Sua posição diante da sociedade é manipulada.
A máscara usada por ele é decorrência de um comportamento fútil, vazio e sem história.

domingo, 12 de junho de 2011

Respeito, acima de tudo!!!





















Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim e geralmente na mesma hora que o seu vem cheirar as flores!

Respeitar as opções do outro em qualquer aspecto é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter.
As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente. Nunca julgue. Apenas compreenda.
Assim como o deus que está dentro de cada pessoa com seu codinome específico, assim se faz do livre arbítrio, o desejo de um milagre.
Dalai Lama disse: “A melhor religião é aquela que aproxima o homem de Deus”.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Fabrício Carpinejar



MEDO DE SE APAIXONAR


Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

Fabrício Carpi Nejar, ou Fabricio Carpinejar, como passou a assinar em 1998 (Caxias do Sul, 23 de outubro de 1972) é um poeta e jornalista brasileiro.
Filho dos poetas Carlos Nejar e Maria Carpi, adotou a junção de seus sobrenomes em sua estréia poética, As solas do sol, de 1998. Em 2003 publicou, pela editora Companhia das Letras, a antologia Caixa de sapatos, que lhe conferiu notoriedade nacional.
É mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Cidissima

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pais, abduzidos da educação!



Os pais estão sendo tercerizados.
Estão optando por outros meios o seu gerenciamento.
A relação pai/filho está ficando cada vez mais saudosista.
A modernidade tem trazido, diariamente, em todos os aspectos, provas de que o tempo tem sido restrito.
Homens trancafiados em seus escritórios, preocupados com a oscilação da bolsa de valor, não desgrudando do celular, marcando infinitas reuniões.
O corre-corre dos dias tem, entre outras, justificativas para a proteção dos rebentos.
Dá-lhes computador: a criança o dia inteiro no seu quarto, vasculhando as mídias sociais, se expondo, facilitando os contatos duvidosos, roupas de marcas, suprimentos no bolso para eventuais compras mas, a presença física do pai é tolhida.
E a paciência? Esta não existe!
Dá-lhes presentes: estes intermedeiam o diálogo que poderia existir.


 

domingo, 5 de junho de 2011

Moacyr Scliar




O Exército de um Homem Só - Moacyr Scliar



O personagem título é Mayer "Capitão Birobidjan" Guiznburg, um judeu que chegou ainda menino da Rússia. Mayer era marxista e sonhava fundar uma nova Birobidjan (Birobidjan era o nome de uma colônia coletiva de judeus na Rússia), uma utopia socialista. Jovem, era muito rebelde, e deu muitos desgostos ao pai que lhe queria ver rabino. Tinha outros amigos marxistas, incluindo a jovem Léia com quem se casa. Após algum tempo abandona tudo e vai viver na propriedade de um desses amigos, que, como todos a essas alturas, já havia abandonado suas convicções. Em Nova Birobidjan, como ele batiza sua terra, passa a viver para o trabalho acompanhado pelo Companheiro Porco, Companheira Cabra e Companheira Galinha, a última a qual ele não gostava por ser improdutiva, lia Rosa Luxemburgo e dava discursos a homenzinhos que só ele via. Depois de algum tempo aparecem inimigos, quatro vagabundos a quem ataca após ser atacado, e cuja amante coletiva passa a se tornar a segunda cidadã. Mais tarde ela sai de Nova Birobidjan e Mayer volta para casa. Ele se reforma, após algum tempo até mesmo abandona o ateísmo, e passa a trabalhar duro. Troca de ramo para a construção e enriquece, mas complica-se ao se tornar amante da secretária e acaba se divorciando após abandoná-la. Sua companhia fale e ele acaba numa pensão (localizada no terreno de Maykir, sua antiga empresa, que por sua vez se localizava no terreno da Nova Birobidjan), onde tenta reiniciar Nova Birobidjan, mas acaba falhando. Acuado, abandonado, triste, muito ligado a religião e quase sem esperança (os homenzinhos para quem discursava agora já eram só três), o Capitão Birobidjan tem um ataque do coração ao ensaiar uma resistência, mas como descobrimos no começo do livro, ele sobrevive. A história, no entanto, acaba aqui. Contado em terceira pessoa, cada capítulo deste livro nos remete a um ano ou conjunto de anos. O primeiro e último é 1970, mas recua-se logo apara 1928, 1916, 1929, 1930... até voltar-se para 1970, contando sempre com o humor irônico e amargo de Scliar, a saga do Capitão Birobidjan, um louco humanista, Don Quixote do bairro do Bonfim de Porto Alegre, tentando construir uma sociedade melhor e coletivista, apesar de tudo e de todos que se opõe a ele, ridicularizado por todos aqueles a quem chama Companheiro, ele é um exército de um homem só lutando por um mundo mais justo que no final não vale a pena.

Filho de José e Sara Scliar, Moacyr nasceu no Bom Fim, bairro que concentra a comunidade judaica. Alfabetizado pela mãe, professora primária, a partir de 1943 cursou a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Nossa Senhora do Rosário (católico).


sábado, 4 de junho de 2011

Não desanimar





Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso
quando um cachorro entrou.
Ele espantou o cachorro,
mas logo o cãozinho voltou.
Novamente ele tentou espantá-lo,
foi quando viu que
o animal trazia um bilhete na boca.
Ele pegou o bilhete e leu:
- Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor.
Assinado... ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia
uma nota de 50 Reais. Então ele pegou o dinheiro, separou as
salsichas e a perna de carneiro, colocou numa embalagem plástica,
junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.
O açougueiro ficou impressionado e como já era
hora de fechar o açougue, ele
decidiu seguir o animal.
O cachorro desceu a rua, quando chegou ao
cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão
para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na
boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.
O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o
cão parou em uma casa e pôs as compras na calçada.
Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta.
Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa.
Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo,
foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.
Depois disso, caminhou de volta para a porta, e foi quando
alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro.
O açougueiro correu até esta pessoa e o impediu, dizendo:
"Por Deus do céu, o que você está fazendo?
O seu cão é um gênio!'
A pessoa respondeu:
- 'Um gênio?
Já é a segunda vez nesta semana que este estúpido ESQUECE a chave!!!'

Moral da História:

'Você pode continuar excedendo as
expectativas, mas para os olhos de alguns, você estará sempre
abaixo do esperado'.

Cidissima



sexta-feira, 3 de junho de 2011

Avançar. Sempre!



Você é quem decide.

Permanecer, esperar, retroceder ou prosseguir.

Nos dias de hoje o comodismo não existe.

Buscar novas propostas de viver e ser feliz. Eis a fórmula.

À qualquer momento, dê um basta à mesmice ou à conformação.

A saudade e a tristeza devem ser trocadas por aventuras sadias e nunca provadas.

Abrir novas fronteiras e percorrer seu trajeto. Na certeza de que os sonhos, nunca sejam adiados.

















quinta-feira, 2 de junho de 2011

Uma velhice prematura




Só envelhece aquele que deixa de amar.
Crível esta afirmação!
O tempo é implacável. Deixa marcas explícitas no corpo.
Ninguém está imune às mudanças.
Um fio de cabelo branco, uma ruguinha, um número a mais do manequim ou algumas palavras esquecidas.
Tantos jovens de hoje já envelhecidos pelos exageros internos e externos.
Verdadeiros maratonistas em busca do impermanente.
Se a vida é efêmera, por que não deixar aqui, neste mundo, o melhor de si próprio?
O melhor sempre será tudo aquilo que fortalece:
a amizade, a felicidade, a esperança, o amor, a fé!
Quem tiver este currículo estará apto para continuar vivendo independente de.