sábado, 5 de março de 2011

Filatelia no Brasil
















"Olho de boi"- Primeiro Selo do Brasil

O trabalho dos filatelistas – como são chamados os colecionadores de selos – não se resume a recolher selos e guardá-los. Trata-se também de organizá-los, separando-os de acordo com país, época, tema, variedade ou algum outro critério.
E tem mais: nem só de selos vive o filatelista. Há também carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos, por exemplo.
A Filatelia é um passatempo que mobiliza milhares de pessoas no Brasil. Estes colecionadores, ao reunirem os vestígios do dia-a-dia postal, recolhem também um pouco de história, contribuindo assim para a preservação da memória cultural de um país ou época. O hobby é tão valorizado que, em alguns países da Europa, a Filatelia chega a ser matéria obrigatória no currículo de escolas

A FILATELIA NO BRASIL

Seguindo o exemplo da Inglaterra, o segundo selo foi lançado em Zurique, em 1943. Em agosto do mesmo ano, o Brasil emite o terceiro selo do mundo, o “Olho de Boi”, que é hoje uma raridade e vale de 100 a 4 milhões de francos (cerca de 660 mil dólares), dependendo da peça.
A Filatelia no País prosseguiu com a criação dos selos “Inclinados”, em 1844, “Olhos de cabra”, em 1850 e “Olhos de gato”, em 1854. Outros destaques que um bom filatelista apreciaria são os primeiros selos comemorativos, celebrando o 4.º Centenário do Descobrimento do Brasil, em 1900; os selos alusivos ao 3.º Congresso Pan-Americano, em 1906; o primeiro carimbo comemorativo, em 1904, relativo aos 50 anos de emancipação política do Paraná.
Sucederam-se muitas mudanças no sistema postal brasileiro. Os selos contribuíram para registrar estes acontecimentos, como foi o caso da criação do serviço postal aéreo, em 1920, com selos exclusivos no período de 1927 a 1934.
A impressão dos selos melhorou a partir de 1968. O ano seguinte também foi importante, quando a então recém-criada Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) serviu de trampolim para a melhoria da qualidade das emissões comemorativas, o que rendeu aos selos brasileiros vários destaques e prêmios internacionais.

SELO COM DEFEITO VALE MAIS

Muitas vezes, um defeito de fabricação, algumas manchas e outras pequenas imperfeições podem dar um toque especial ao selo, valorizando-o ainda mais. Um dos “defeitos especiais” clássicos e bastante apreciados é o papel marmorizado, que recebe este nome quando apresenta pequenos veios, semelhantes à textura do mármore.
Quase imperceptíveis (só são vistos contra a luz ou apenas com ajuda de benzina), estes veios nada mais são do que falhas na fabricação do papel. Ninguém adivinharia que o mau preparo do caulim e da caseína, que fazem parte da produção deste tipo de papel, aumentariam tanto o valor real de um selo.

Cidissima