9 de Janeiro
"Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico"
D. João VI foi o rei de Portugal entre 1767 e 1826. Viveu no Brasil entre 1808 a 1821, quando a corte portuguesa veio ao Brasil para fugir do conflito entre França e Inglaterra, tanto que, no dia seguinte da saída da família Real, as tropas francesas invadiram Lisboa.
Quando a corte portuguesa chegou, em 1808, o Brasil começou a trilhar o caminho da independência. Isso, porque os costumes de colônia mudavam enquanto novas influências eram recebidas, como a Imprensa Régia, o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, hospitais, escolas e repartições públicas.
O filho de Dom João VI era Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.
Conhecido como D. Pedro I. Quando Dom João VI sentiu que já podia voltar para Portugal, em 1826, deixou D. Pedro I no Brasil.
Ao chegar em Portugal, ideias e influências europeias convenceram Dom João a retomar o processo de colonização do Brasil para, com os bens daqui, conseguir recuperar as finanças portuguesas.
Para tanto, D. Pedro I deveria deixar o Brasil.
O motivo pelo qual D. Pedro I deveria voltar à Portugal era simples: o povo brasileiro já estava acostumado com as decisões do poder saindo da então capital, Rio de Janeiro.
Se o representante do poder voltasse a Portugal, o processo de recolonização seria mais fácil.
Mas, os aristocratas brasileiros já sabiam das intenções de Portugal e começaram um movimento para pressionar D. Pedro I a ficar.
Foram recolhidas mais de oito mil assinaturas entre Rio de Janeiro, Minas Gerias e São Paulo pedindo para o príncipe ficar.
No dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I tomou uma decisão. Ignorou a ordem de voltar para Lisboa e disse: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico".