segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

31 de janeiro - Dia do Mágico

No dia 31 de janeiro é comemorado o Dia do Mágico, este artista que faz muito mais do que tirar coelhos da cartola ou fazer desaparecer um lenço.
A data é em homenagem a São João Bosco, padroeiro dos mágicos, que segundo a tradição era também um mágico. A magia sempre esteve presente na história da humanidade.
O homem pré-histórico desenhava animais nas cavernas, como se assim os pudessem materializar. A isso os pesquisadores chamam de realismo mágico.
Ao longo do tempo, o conceito de magia foi evoluindo. A arte de iludir, que já foi chamada de escapismo, é usada hoje, basicamente, como entretenimento.

Ela cria ilusões que surpreendem, sobretudo porque o mágico faz algo que escapa à lógica comum, como se tivesse poderes sobrenaturais.
Quem popularizou esta arte foi Harry Houdini , o mais famoso mágico de todos os tempos. No início do século XX passou a viajar pelo mundo apresentando seus truques para platéias cada vez maiores.
No final do século, foi a vez dos mágicos da televisão.
David Copperfield inaugurou a era do ilusionismo televiso exibindo truques em programas de auditório e trazendo novo fôlego à arte mágica. Posteriormente, surgiriam mágicos performáticos como David Blane, ou polêmicos como Mister M, que polemizou ao revelar o segredo de vários truques famosos.
Mas o encanto desta arte está também nos artistas que fazem a magia acontecer no dia-a-dia, fazendo objetos aparecerem na sua mão, ou entortando colheres à distância.
A todos que tiram coelhos das cartolas para nos trazer um pouco de encantamento e fantasia.

Também faz parte dos mágicos, o homem! Este que não tira da cartola nenhum coelho, não entorta talheres, simplesmente faz com seu salário, a magia de esticá-lo o mês inteiro.
Bato palmas para ele, para o verdadeiro historiador das emoções cotidianas.
Bato palmas ao vê-lo na corda bamba, se equilibrando, se contorcendo diante das aberrações mundanas.
Bato palmas porque sua força é gigantesca, sua persistência é linear e progressiva.
Bato palmas porque traz no peito um escudo, na alma um grito, nas mãos uma súplica e na terra, sua bandeira fincada.

Cidissima









quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Meu idolo nunca saiu de moda!




Se vivo estivesse, meu pai teria mais vinte e seis anos. Vinte e seis anos de alegria, humildade, simplicidade, generosidade, bom humor e um ótimo contador de piadas.
E, além disso, teria em todos estes anos, desfrutado da sua companhia.
Sábio, amigo dos filhos, nunca precisou usar da violência para educar, nunca abusou da autoridade para nos mostrar que era ele quem mandava.
Um homem com caráter ímpar. Uma educação exemplar que contrariava o ser humano. De onde tirou sua elegância no trato pessoal se pouco sentou num banco de escola!
Muitas vezes, não é o número de livros que capacita um homem e sim a forma equilibrada e humana com que ele trata seus semelhantes. É inerente quando especial.
Meu pai deixou como herança a simplicidade e o heroísmo de um homem esplêndido.
Meu pai sempre foi um sensor das minhas habilidades. Se estivesse prestes a cair, sua força motriz equilibrava meus passos.

Cidissima




segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Esopo

 
Esopo, o mais conhecido entre os fabulistas, foi sem dúvida um grande sábio que viveu na antiguidade. Sua origem é um mistério cercado de muitas lendas. Mas, pode ter ocorrido por volta do ano 620 A.C.

Várias cidades se colocam como seu local de nascimento, e é comum que o tratem como originário de uma cidade chamada Cotiaeum na pronvíncia da antiga Frígia, Grécia.

Acredita-se que já nasceu escravo, e pertenceu a dois senhores. O Segundo, viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.

Em suas fábulas ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos, ou coisas do reino vegetal e mineral.
 

 

Os Dois Viajantes e o Urso

 


 

Dois homens viajavam juntos através de uma densa floresta, quando, de repente, sem que nenhum deles esperasse, um enorme urso surgiu do meio da vegetação, à frente deles.

Um dos viajantes, de olho em sua própria segurança, não pensou duas vezes, correu e subiu numa árvore.

Ao outro, incapaz de enfrentar aquela enorme fera sozinho, restou deitar-se no chão e permanecer imóvel, fingindo-se de morto. Ele já escutara que um Urso, e outros animais, não tocam em corpos de mortos.

 

 

 

 

 

 

 

 

Isso pareceu ser verdadeiro, pois o Urso se aproximou dele, cheirou sua cabeça de cima para baixo, e então, aparentemente satisfeito e convencido que ele estava de fato morto, foi embora tranquilamente.

O homem que estava em cima árvore então desceu. Curioso com a cena que viu lá de cima, ele perguntou:

"Me pareceu que o Urso estava sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Ele lhe disse algo?"

"Ele disse sim!" respondeu o outro, "Disse que não é nada sábio e sensato de minha parte, andar na companhia de um amigo, que no primeiro momento de aflição me deixa na mão!".

 
Moral da História:
"A crise é o melhor momento para nos revelar quem são os verdadeiros amigos."


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Beija-flor

 

Os indígenas deram nomes muito sugestivos para os beija-flores, que descreviam com perfeição esses pássaros encantadores:

Para os índios caraíbas, eles eram os "colibris", que significa "área resplandecente";

Os tupis os batizaram de "guainambés", ou seja, "pássaros cintilantes";

Já para os índios guaranis, os beija-flores eram os "mainumbis", isto é, "aqueles que encantam, junto à flor, com sua luz e esplendor".

Seu enorme coração, que representa de 19 a 22% do peso total do corpo, facilita a rápida circulação do sangue;

Num único dia, eles são capazes de ingerir, em substâncias nutritivas, até 8 vezes o peso do seu corpo;

Alguns beija-flores desenvolvem velocidades médias que vão de 30 a 70 Km por hora e a vibração das asas pode atingir 50 a 70 batidas por segundo;

São as únicas aves que conseguem ficar literalmente paradas no ar, decolar e aterrissar verticalmente, e até dar marcha à ré em pleno vôo;

O espetacular colorido dos beija-flores origina-se do fenômeno da refração da luz, através da microestrutura das penas. As mudanças de cores, observadas numa mesma ave, variam de acordo com o ângulo de incidência da luz solar ou com a movimentação do corpo;

Dizem que Igor Sirkorski, que inventou o helicóptero, baseou suas idéias na observação contínua do vôo dos beija-flores. No entanto, o helicóptero não pode voar de cabeça para baixo. Os beija-flores podem.

 

 
 

sábado, 15 de janeiro de 2011

15 de janeiro - Sua comemoração

Se Exu é o principio da vida, Oxalá é o principio da morte. Equilíbrio positivo do universo, é o pai da brancura, da paz, da união, da fraternidade entre os povos da Terra e do Cosmo. Pai dos Orixás, é considerado o fim pacífico de todos os seres. Orixá da ventura, da compreensão, da amizade, do entendimento, do fim da confusão.

Oxalá é o Orixá que vai determinar o fim da vida, o fim da estrada do ser humano. Oxalá é o fim da vida, é o momento de partir em paz, com a certeza do dever cumprido Exu inicia, Oxalá termina. É assim nas rodas de Candomblé, nos xirês, quando louvamos os Orixás começamos por Exu, e terminamos com Oxalá.

Muitas são sua lendas e extensa é sua origem e história na África, matéria destinada aos estudiosos e mais aprofundados na religião Sendo os mais cultuados no Brasil, Oxalufan "o velho" e Oxaguian "o moço" na sua forma "guerreira" de Oxalá que carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza, Na condição de velho e sábio, curvado ao peso dos anos, figura nobre e bondosa, carrega uma cajado em que se apóia, o Opasoro, cajado de forte simbologia, utilizado para separação do Orun e o Ayié.

Em suas diversas mutações temos na Nação Ketu: Oxanguian, Oxalufá, Obatalá e Oduduwá. Na Nação Angola: Lemba. Lembarangaga e Guaratinhanha. Em todas elas é o Senhor da VIDA, também chamado "senhor da boa argila", devido a uma antiga lenda na qual Oxalá usava este material para criar os seres humanos.

Sua maior festa é uma cerimônia chamada "Águas de Oxalá" que diz respeito a sua lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do "Pilão de Oxaguian", para festejar a volta do pai. Esse respeito advém da sua condição delegada por Olorun, da criação e governo da humanidade.

 

Cores: Branco, Marfim, Pérola, Prata
Comida: Canjica branca cozida com mel e coberta com clara batida
Saudação: Exeu, Epá Babá, Axé!
Domínio: Oceanos, Rios, Céus, Montanhas

 

 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

12 de janeiro de 1616

 
 

Belém do Pará é conhecida como cidade das mangueiras. O título faz referência a beleza das árvores que dão um charme diferente no paisagismo das ruas e avenidas da chamada cidade morena.

Santa Maria de Belém do Grão Pará foi fundada em 12 de janeiro de 1616, e reúne um grande potencial histórico nesses 391 anos.

São pelas ruas estreitas da cidade velha que Belém começou. O bairro ainda guarda algumas construções que a colonização portuguesa deixou em solo belenense, locais como o Forte do Castelo, uma das primeiras edificações da capital.

Fugindo um pouco da nostalgia do passado, vir até a capital paraense e não visitar o Mercado do Ver-o-peso é o mesmo que não ter passado em Belém .

Na maior feira livre à céu aberto da América Latina encontra-se de tudo, desde a mais exótica fruta, até os milagrosos banhos cheirosos, que têm o poder de até fazer com que uma pessoa se apaixone por você. Misticismo ou não, isso faz parte da cultura de quem vive em Belém .

A capital também tem a chuva da tarde que praticamente tem hora marcada pra cair; tem a devoção a Nossa Senhora de Nazaré, que sempre no segundo domingo de outubro reúne mais de dois milhões de pessoas em sintonia com a fé.

Neste dia as ruas se tornam verdadeiros rios humanos com direito a braços e afluentes.

 

 

 

 

 

 


domingo, 9 de janeiro de 2011

09 de janeiro - Dia do Fico


9 de Janeiro

"Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico"

D. João VI foi o rei de Portugal entre 1767 e 1826. Viveu no Brasil entre 1808 a 1821, quando a corte portuguesa veio ao Brasil para fugir do conflito entre França e Inglaterra, tanto que, no dia seguinte da saída da família Real, as tropas francesas invadiram Lisboa.

Quando a corte portuguesa chegou, em 1808, o Brasil começou a trilhar o caminho da independência. Isso, porque os costumes de colônia mudavam enquanto novas influências eram recebidas, como a Imprensa Régia, o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, hospitais, escolas e repartições públicas.

O filho de Dom João VI era Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

Conhecido como D. Pedro I. Quando Dom João VI sentiu que já podia voltar para Portugal, em 1826, deixou D. Pedro I no Brasil.

Ao chegar em Portugal, ideias e influências europeias convenceram Dom João a retomar o processo de colonização do Brasil para, com os bens daqui, conseguir recuperar as finanças portuguesas.

Para tanto, D. Pedro I deveria deixar o Brasil.

O motivo pelo qual D. Pedro I deveria voltar à Portugal era simples: o povo brasileiro já estava acostumado com as decisões do poder saindo da então capital, Rio de Janeiro.

Se o representante do poder voltasse a Portugal, o processo de recolonização seria mais fácil.

 Mas, os aristocratas brasileiros já sabiam das intenções de Portugal e começaram um movimento para pressionar D. Pedro I a ficar.

Foram recolhidas mais de oito mil assinaturas entre Rio de Janeiro, Minas Gerias e São Paulo pedindo para o príncipe ficar.

No dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I tomou uma decisão. Ignorou a ordem de voltar para Lisboa e disse: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico".

Para alguns historiadores, esse foi um dos principais fatores que influenciaram a independência do Brasil.

 


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dia de Reis

 

Segundo a tradição cristã os Reis Magos eram Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar, e os presentes simbolizam, respectivamente, a realeza, a divindade e a paixão de Cristo.

Não se sabe sua origem, mas reza a lenda que um dos Reis era negro africano, o outro branco europeu e o terceiro moreno (assírio ou persa), representando a humanidade conhecida da época.

Em muitos países, a troca de presentes é feita neste dia, e não no Natal.

No Brasil, o rico folclore mantém viva a tradição. Por todo o litoral e o interior brasileiro, com todas as suas variantes regionais, se comemora o dia 6 de janeiro em festas como o Terno de Reis, Folia de Reis ou Santos Reis.

Símbolos da humildade
 

Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.

A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos designios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.

Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania.

As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriática são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.

De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três únicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.

Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo.
 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Carta Foral

Diploma, também designado por carta foral, concedido pelo rei ou por um senhor laico ou eclesiástico, a um determinado local, dotando-o de autoridade legítima na regulação da vida coletiva da população, embora a extensão e o conteúdo das cartas forais fossem variáveis, estas se caracterizavam, em termos gerais, por ser uma lei escrita (carta firmada, testemunhada e confirmada), orgânica (organizadora de um determinado aglomerado social), local (atuante dentro de fronteiras territoriais definidas), ou relativa (aplicável às relações econômico-sociais internas, recíprocas entre habitantes e a autoridade outorgante). Eram, portanto, consignadas liberdades e garantias às pessoas e aos seus bens, estipulados impostos e tributos, multas e composições, o serviço militar, imunidade coletivas, aproveitamentos dos terrenos comuns, etc. A Coroa tinha particular interesse nos forais porque estes funcionavam como fontes de receitas, sendo dinamizadores da economia nacional, ao mesmo tempo em que fortaleciam o poder central. Os forais entraram em decadência no século XV, tendo sido exigida pelos procuradores dos conselhos a sua reforma, o que viria a acontecer no reinado de D. Manuel. Foram extintas por Mouzinho da Silveira em 1832.

 
José Xavier Mouzinho da Silveira (Castelo de Vide, 12 de Julho de 1780 – Lisboa, 4 de Abril de 1849) foi um estadista, jurisconsulto e político português.